Enel, EZVolt, Huawei e WEG traçam o caminho da infraestrutura de recarga no Brasil

infraestructura de recarga en Brasil

A infraestrutura de recarga no Brasil foi o foco do segundo painel do Latam Mobility Brasil 2025, reunindo líderes como Fernanda Bencke (WEG), Luciano Santos (Huawei), Francisco Scroffa (Enel) e Gustavo Tannure (EZVolt).

O debate mostrou que, apesar dos desafios técnicos e regulatórios, o país avança com soluções concretas para a mobilidade elétrica.

Negócios escaláveis para a eletromobilidade

Fernanda Bencke, gerente de vendas da WEG, afirmou que a infraestrutura de recarga no Brasil enfrenta entraves principalmente por falta de informação.

Já existem soluções para condomínios, controle de demanda e cobrança individual, mas os usuários ainda desconhecem essas possibilidades.

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Luciano Santos, diretor de negócios da Huawei Digital Power, destacou a vantagem do Brasil com sua matriz energética limpa.

Isso favorece a eletrificação e acelera a adoção de tecnologias como carregamento ultrarrápido e baterias estacionárias.

Casos de sucesso e modelos replicáveis

Francisco Scroffa, da Enel, trouxe exemplos práticos como o hub de recarga para motoristas de aplicativo no Shopping SP Market e a operação de 50 ônibus elétricos em São Paulo com modelo as-a-service.

Para ele, o segredo está em oferecer soluções completas e confiáveis.

Gustavo Tannure, CEO da EZVolt, enfatizou a importância da usabilidade. “Se o usuário não consegue reservar um carregador durante uma viagem, isso compromete sua experiência.

Precisamos pensar em serviços com fidelidade, agendamento e confiabilidade operacional”, afirmou.

Gustavo Tannure.

Caminhos para massificar a infraestrutura de recarga no Brasil

  • Segmentação inteligente: priorizar soluções com retorno rápido, como frotas e transporte público.
  • Incentivos financeiros: o Fundo Clima do BNDES já apoia projetos com taxas acessíveis.
  • Tecnologia nacional: Huawei, WEG e EZVolt desenvolvem soluções sob medida para realidades regionais.

A infraestrutura de recarga no Brasil está avançando, mas seu futuro depende de escala, integração tecnológica e modelos sustentáveis. O painel do Latam Mobility Brasil 2025 mostrou que o ecossistema está pronto — e conectado — para esse desafio.