A mobilidade como serviço no Brasil se consolida como uma alternativa eficiente e sustentável, impulsionada pela colaboração entre empresas líderes do setor.
No Latam Mobility Brasil 2025, Liandra Boscheiro, diretora de Operações da Osten GO; Nicole Barbieri, diretora de Receita e Marketing da Tembici; e Paula Maia, diretora de Veículos Elétricos na 99, compartilharam suas visões sobre como a integração digital e a tecnologia estão transformando o acesso a carros elétricos, bicicletas compartilhadas e soluções de transporte personalizadas.
O painel foi moderado por Paulo Miguel Jr., vice-presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA).
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Ecossistemas colaborativos para a eletromobilidade
Um dos destaques do painel foi a Aliança pela Mobilidade Sustentável, liderada pela 99 e composta por mais de 23 empresas, que já investiram mais de 332 milhões de reais no setor.
Para Paula Maia, diretora de veículos elétricos da 99, esse ecossistema fortalece a adoção do transporte sustentável, principalmente entre motoristas de aplicativo.
Liandra Boscheiro, da Osten GO, destacou que o sucesso da mobilidade como serviço no Brasil passa por entender as rotinas e necessidades do cliente. O equilíbrio entre tecnologia e atendimento humanizado tem sido essencial para oferecer experiências positivas na locação de carros elétricos.
A mobilidade como serviço no Brasil cresce com base em parcerias sólidas entre plataformas, locadoras e empresas de tecnologia.
Micromobilidade: uma peça-chave no ecossistema
Nicole Barbieri, da Tembici, apresentou dados importantes: 60% dos deslocamentos urbanos são de até 8 km, reforçando o papel das bicicletas como meio de transporte ideal.
A integração com o aplicativo da Uber e o projeto com o iFood para entregadores são exemplos de soluções personalizadas para trajetos curtos.
Tembici também aposta na produção local e tecnologia antifurto, reforçando sua liderança na micromobilidade elétrica.
A mobilidade como serviço no Brasil requer infraestrutura digital robusta. As empresas presentes no painel relataram o uso de inteligência artificial e blockchain para otimizar rotas, oferecer segurança e personalizar serviços, mostrando como a tecnologia pode aproximar ainda mais empresas e usuários.
Um mercado com desafios e grandes oportunidades
Entre os principais desafios apontados pelas participantes estão:
- A regulação desigual entre cidades e países.
- A necessidade de maior integração digital.
- A rentabilidade de modelos as-a-service com veículos elétricos.
Mesmo assim, o painel terminou com uma mensagem clara: a mobilidade como serviço no Brasil é uma realidade crescente, e o trabalho conjunto entre empresas, governos e plataformas digitais será essencial para o futuro da mobilidade urbana sustentável.