No painel “Financiamento verde e créditos de carbono para a mobilidade sustentável” do Latam Mobility Brasil 2025, especialistas de instituições como KPMG, BNDES, YvY Capital, KfW y BVM12 compartilharam insights sobre o financiamento verde para mobilidade sustentável na América Latina.
Com mediação de Daniela García, os participantes ressaltaram que o financiamento verde para mobilidade sustentável deve contemplar não apenas novas tecnologias, mas também a adaptação de ativos e infraestrutura existente, sempre com foco em impacto urbano positivo.
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Investimento estratégico e transformação estrutural
Felipe Salgado, da KPMG Brasil, alertou que muitas empresas ainda não reconhecem a urgência da transição energética.
Para ele, o financiamento verde é essencial para implementar tecnologias limpas e viabilizar a reconversão de frotas.
Fabrício Pietrobelli, do KfW, destacou a importância de combinar recursos financeiros e assistência técnica, ressaltando a longa parceria com o Brasil.
Segundo ele, é fundamental estruturar projetos com visão sistêmica e multissetorial
Crédito de carbono e inovação financeira
Bruno Aranha, da YvY Capital, afirmou que é necessário criar novos instrumentos de financiamento. Defendeu o uso do blended finance e reconheceu o crédito de carbono como elemento central para viabilizar projetos inovadores de mobilidade.
André Belisário, da BVM12, apresentou a metodologia nacional desenvolvida para gerar créditos de carbono a partir de veículos elétricos, validada pela Universidade de Oxford. Enfatizou que a integridade e rastreabilidade dos créditos são cruciais para conquistar investidores.
Papel dos bancos de desenvolvimento
Filipe Oliveira, do BNDES, lembrou que o banco já investiu mais de 100 bilhões de reais em transporte urbano e é hoje o maior financiador da eletromobilidade na América Latina. Defendeu que projetos bem estruturados são mais fáceis de financiar.
O financiamento verde para mobilidade sustentável exige apoio a startups, projetos-piloto e modelos integrados. Bancos multilaterais devem assumir o papel de catalisadores, promovendo o alinhamento entre iniciativas públicas e privadas.