A indústria automotiva do México encerrou outubro com uma ligeira contração em seu nível de produção e exportação, refletindo um arrefecimento moderado na demanda internacional e ajustes nas cadeias de abastecimento.
De acordo com o Registro Administrativo da Indústria Automotiva de Veículos Leves (RAIAVL) do Instituto Nacional de Estatística e Geografia do México (INEGI), entre janeiro e outubro deste ano, o país fabricou 3.389.424 veículos leves, o que representa uma diminuição de 0,69% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
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Produção de veículos: ligeiro recuo em outubro
Durante outubro, a produção nacional atingiu 367.870 unidades, um número que representou uma queda de 3,72% ao ano em relação às 381.028 unidades do mesmo mês de 2024.
Apesar da queda, o nível de atividade permanece alto em termos históricos, consolidando o México como um dos principais pólos de fabricação do setor automotivo a nível global.
De acordo com a publicação, a General Motors manteve-se como a maior produtora do país, com 85.385 unidades, seguida pela Nissan, com 58.115, Stellantis, com 36.597, Volkswagen, com 34.458, e Ford Motor, com 32.921 unidades montadas durante o mês.
No acumulado dos primeiros dez meses do ano, a indústria continua apresentando um desempenho estável, embora com sinais de desaceleração em segmentos específicos de alta gama e modelos voltados para a exportação.
Estados Unidos absorvem 8 em cada 10 veículos
As exportações automotivas totalizaram 314.227 unidades em outubro, o que significou uma contração de 5,45% anual em relação ao mesmo mês de 2024.
No acumulado de janeiro a outubro, as vendas para o exterior atingiram 2.881.399 unidades, uma redução de 1,45% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os Estados Unidos continuam sendo o principal destino dos veículos montados no México, com 2.268.779 unidades exportadas, equivalentes a 78,7% do total. Seguem-se o Canadá, com 317.885 unidades (11%), e a Alemanha, com 86.819 (3%), consolidando a importância do bloco norte-americano como eixo da indústria.
Entre as montadoras com maiores volumes de exportação destacam-se a General Motors, com 82.684 unidades, a Stellantis (35.939), a Ford Motor (35.696), a Volkswagen (28.451) e a Toyota (28.290).
Embora a General Motors continue liderando a produção e a exportação nacional, ela registrou uma ligeira queda de 0,5% em seu volume de fabricação em relação ao ano anterior. No entanto, conseguiu aumentar suas exportações em 1,3%, impulsionadas pela demanda sustentada nos Estados Unidos.
Em contrapartida, algumas marcas enfrentaram quedas significativas em suas remessas para o exterior durante 2025, entre elas Mazda (-30,3%), Volkswagen (-19,5%) e Mercedes-Benz (-18,1%), afetadas principalmente por ajustes logísticos, menor demanda na Europa e reconfiguração das linhas de produção.
Perspectivas para o final do ano
Apesar da ligeira desaceleração nos indicadores de produção e exportação, o México mantém uma posição sólida como sétimo maior produtor mundial de veículos leves.
Os analistas antecipam que o encerramento de 2025 poderá refletir uma estabilização do mercado, impulsionada pela renovação de modelos elétricos e pela maior integração de autopeças regionais no âmbito do T-MEC.
O setor também observa com atenção os avanços na eletrificação e os novos investimentos orientados para fábricas de baterias e veículos elétricos, que poderão compensar parcialmente a menor produção nos segmentos tradicionais.
Com esses resultados, a indústria automotiva mexicana encara o final de 2025 com cautela, mas com perspectivas favoráveis de recuperação moderada em 2026, à medida que os fluxos logísticos se normalizam e novos lançamentos de veículos para exportação se consolidam.
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