O Latam Mobility: Brazil 2024 contou com a palestra magna “Programa MOVER – Mobilidade Verde”, em um formato inovador com a participação do setor público com o Senador Rodrigo Santos Cunha e Ricardo Roa, Brazil Automotive Segment Leader da KPMG.
Roa destacou que a participação do setor público é fundamental para a transição energética no país e na região. “A participação do Congresso Nacional e a complementaridade do governo federal são fundamentais para o avanço da eletrificação.
Nesse sentido, o senador Santos admitiu que falar de eletromobilidade e tecnologia no Congresso, com grandes expectativas para o futuro, não tem sido fácil. “Na política, quando se falava em clima ou alguém defendia essa questão ambiental, há pouco tempo, era visto como o eco chato.”
“A questão climática é vista como algo que está na ordem do dia e que vai aparecer nas próximas eleições, não só presidenciais, mas estaduais e municipais, então é um assunto do momento, e é por isso que eu fiquei animado quando conversei com o nosso vice-presidente e ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio, Geraldo Alckmin, no ano passado, quando vi que ele queria dar continuidade ao programa em que eu estava trabalhando e levá-lo adiante, o Rota 2030″, explicou o parlamentar.
Ele destacou o lançamento da frente mista entre o Senado e a câmara de eletromobilidade, instância fundada há três anos.
Santos considera fundamentais espaços como o Latam Mobility Summit, que reúne todos os setores envolvidos na transição energética.
Impacto da KPMG
Roa destacou sua experiência no setor, ressaltando que trabalha com o setor automotivo desde 2011. “Quando falamos de ônibus elétricos, o Brasil é um grande símbolo, porque o país já foi um grande exportador de ônibus a diesel e de ônibus a combustão em geral, e tem que se tornar um grande exportador de ônibus elétricos também. Acho que temos que avançar nessa direção”.
Ele garantiu que o Brasil tem um grande potencial de evolução na transição da mobilidade com grandes possibilidades de melhorias e mudanças nas políticas públicas voltadas para o setor.
Destacou os incentivos fiscais no país que oferecem facilidades para as empresas que querem se instalar no país.
“Existe uma forma específica de realmente trazer projetos de desenvolvimento tecnológico para instalar suas fábricas aqui no Brasil, ou uma linha de produção, ou uma cadeira de produção com incentivos específicos para isso, ou uma terceira forma em que a empresa que não produz não vai produzir, mas vai desenvolver alguns produtos para a cadeia de valor global, e o que essas formas significam é um incentivo específico muito amplo de pelo menos 50% do valor que você investe em P&D”, explicou.