Multimodalidade, inovação e mobilidade definem tendências sustentáveis no Brasil

As cidades congestionadas da América Latina fazem com que cada vez mais empresas especializadas em mobilidade e as autoridades governamentais concentrem seus esforços em encontrar uma forma de otimizar o tempo das pessoas por meio da multimobilidade e, por sua vez, que isso não se traduza em grandes custos que afetem a renda dos cidadãos.

No âmbito do segundo dia do X Mobility Summit, organizado pela Latam Mobility, foi feita uma radiografia da “Situação atual e perspectivas da multimodalidade, inovação e mobilidade no Brasil”.

Frédéric Ollier, de Blablacar, comentou que a ideia é ajudar família e amigos a dividir os custos do aplicativo. Poder viajar para ir à universidade e trabalhar, principalmente quando não há transporte público de qualidade, é essencial para resolver. Esse é um papel para o desenvolvimento do país.

Sobre o benefício do carro por assinatura para o consumidor final, Fabio Siracusa da Flua respondeu que a mobilidade urbana em São Paulo gira em torno do carro. Ele observou que ter um mercado com novos modelos está dando às pessoas a oportunidade de testar novos veículos. Além disso, indicou que pensar em transporte implica em uma questão básica: a oferta gera demanda. O governo tem a capacidade de incentivar o uso e as empresas são responsáveis ​​por tentar atender à demanda. Em Blablacar, o custo é híbrido, ou seja, uma parte é da empresa, a outra parte é do usuário.

Embora Fábio já tenha morado em outras cidades e esteja ciente do grande dilema que a mobilidade urbana implica em todas elas, ele testemunhou que a mobilidade em São Paulo também está longe do ideal. É necessário fazer mudanças mais profundas como: a) criar um laço para a segurança das pessoas; b) mudança de cultura; c) implementação mais ampla dos serviços do Ministério do Interior (algo que foi impulsionado pela pandemia); d) os carros autônomos serão uma realidade para o futuro das pessoas, entre outras.

Quando você tem carro, a verdade é que 95% ou 96% ficam nas garagens. Com a implantação do serviço autônomo, o carro passará a ser um serviço e eles estarão fazendo viagens, ou seja, a vida das pessoas será transformada.

Pensando em pedestres e ciclistas como uma frota mais sustentável, Roberta Ferreira, da ALD Automotive Brasil explica que, com a pandemia, as pessoas começaram a redescobrir os laços com o carro como objeto de desejo. Para os mais novos, é o contrário. Eles não queriam mais ter um carro, então começaram a usar mais serviços de aplicativos. Conclusão: o usuário não precisa ter veículo próprio.

Ferreira acredita que, sendo um entusiasta de uma cidade que pode fluir, é fundamental que o poder público e o privado atuem em conjunto. No entanto, sem clareza, planejamento e investimento, simplesmente migrar de um sistema para outro será inútil. As pessoas continuarão sofrendo no transporte coletivo, sem as condições ideais de conforto, higiene e saúde. A mobilidade precisa de soluções que funcionem.

Na relação entre poder público e privado, Pedro Palhares, do Moovit, destacou os avanços do Home Office na redução de custos para as empresas e como devem ser criadas as centralidades. O transporte público é o que implica o seguinte tripé: educação, trabalho e lazer. Deve ser inclusivo e as empresas devem trabalhar de acordo com o governo.

Os grandes centros urbanos têm grandes desafios. Portanto, é necessário trabalhar adaptando espaços. Para Palhares, as pessoas migram do transporte individual para o público mesmo com infraestrutura e tecnologia limitadas que não facilitam o acesso.

Ele também acredita que haverá uma revolução nos veículos elétricos e voadores. Além disso, o Moovit tem uma iniciativa para 2022 que envolve carros autônomos. Muita coisa vai acontecer na Europa e na América do Norte. Se pensarmos bem, 45% do custo do transporte público implica uma relação entre cobrador e motorista. Isso vai mudar radicalmente. É um mundo que veremos surgir relativamente em breve. O transporte público vai mudar.

A necessidade de novas alternativas trouxe consigo um novo comportamento para os usuários do transporte público ou privado, inserindo nessa equação a mudança de cultura no automóvel por assinatura e também o avanço dos automóveis por aplicação. Palhares afirmou que o usuário usará o melhor preço e comodidade. As pessoas geralmente têm os pés no chão e lidam com limitações físicas. Eles precisam trabalhar com sustentabilidade.

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